Amar é como ancorar num
porto seguro.
Chegar de viagem, tantas
vezes longa, outras tantas tão tempestuosa e ali querer descansar, ficar pela
paz e estabilidade de águas mais calmas.
Saber também que essa
âncora poderá ser içada a qualquer instante, com a confiança de a esse porto
sempre poder voltar.
Neste oceano, ambos são
embarcações, juntos são um porto de abrigo.
As águas estão sempre em movimento e a arte consiste nelas se conseguirem
equilibrar, mesmo quando ancorados nesse porto, a estabilidade das embarcações é
a garantia de segurança e confiança do mesmo.
No Amor não há invasão do tempo ou do espaço do outro, há a construção de um
tempo e de um espaço para ambos.
Nenhum dos participantes nesse acto de amar se pode anular por ocupar a menor parte desse mesmo tempo e desse mesmo espaço, isso
não seria Amor, mas sim tantas outras coisas, como o egoísmo ou possessividade
que agitam as águas que se querem calmas, pois o Amor não vive de turbulência,
essa está reservada às paixões, aquelas que se vivem em atóis distantes, onde
tudo é aparentemente belo, mas onde também tudo se esgota no areal.
Amor essa completa entrega que não tempestade que o destrua.
© Pedro Ferreira

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