13 de fevereiro de 2014

Amar é Ancorar

 

Amar é como ancorar num porto seguro.

Chegar de viagem, tantas vezes longa, outras tantas tão tempestuosa e ali querer descansar, ficar pela paz e estabilidade de águas mais calmas.

Saber também que essa âncora poderá ser içada a qualquer instante, com a confiança de a esse porto sempre poder voltar.

Neste oceano, ambos são embarcações, juntos são um porto de abrigo.

As águas estão sempre em movimento e a arte consiste nelas se conseguirem equilibrar, mesmo quando ancorados nesse porto, a estabilidade das embarcações é a garantia de segurança e confiança do mesmo.

No Amor não há invasão do tempo ou do espaço do outro, há a construção de um tempo e de um espaço para ambos.

Nenhum dos participantes nesse acto de amar se pode anular por ocupar a menor parte desse mesmo tempo e desse mesmo espaço, isso não seria Amor, mas sim tantas outras coisas, como o egoísmo ou possessividade que agitam as águas que se querem calmas, pois o Amor não vive de turbulência, essa está reservada às paixões, aquelas que se vivem em atóis distantes, onde tudo é aparentemente belo, mas onde também tudo se esgota no areal.

Amor essa completa entrega que não tempestade que o destrua.


© Pedro Ferreira
 


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