9 de fevereiro de 2016

O Ciclo do Suor



Corpo, leito de água salgada, sob o olhar da sua estrela maior,
evapora-se num abraço de luz e calor,
libertando o seu suor como as plantas sopram o céu e os animais gritam o vigor;

Corpo, nuvem negra de água doce que o vento forte arrasta,
beija com estrondo aquela outra que passa fria,
para se precipitar em gotas numa cama vazia;

Corpo, rio de água viva com margens revestidas a pele,
respira ansiedade serpenteando-se em direção ao mar,
inunda tudo que há de mais profundo ao passar.

Pedro Ferreira © 2016

Um comentário:

  1. Corpo, desabrochado no desejo, ama em sinuosidades perfumadas...

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