Um sol brincalhão que surpreendia pelas costas,
rodava trocista sobre a cabeça de quem por ali parava,
e num abrir e fechar de olhos lá estava ele mais à frente;
Atravessava a ponte entre duas encostas,
e sorria por uma última vez naquele dia ao Criador que o
abraçava,
para finalmente no leito do rio morrer ainda quente;
Adamastor descansava agora sereno,
outrora relâmpago no alto mar,
agora abrigo nocturno de quem se perde no Bairro Alto;
E de dia lar de velhos de rosto moreno,
cheios de uma vida cansada de amar,
a alguém que os espera já em sobressalto;
Pedro Ferreira © 2016
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